Quando alguém se deita na transversal como o nascituro, revela nitidamente que não quer continuar. A recusa é total. A criança não quer sair ao mundo e se prende em sua caverna segura.
A cesariana que neste caso salva o bebê do ponto de vista deste é uma vitória, mesmo se por meio de uma posição de birra bastante destrutiva. Desse modo, ele se poupa da luta dura pela vida.
O que se percebe é que tanto a mãe quanto o filho são poupados de toda a responsabilidade neste caso. O filho pode esperar com calma até que a cortina se abra, e as mãos do ginecologista o retirem de seu esconderijo. No sentido figurado ele conseguiu fazer valer sua vontade, e no sentido concreto, conseguiu a ruptura pela passagem estreita e foi poupado do medo correspondente.
Após longa observação de crianças nascidas de parto com cesariana, Dahlke comprovou que esse caminho é tudo menos vantajoso. O curso concreto torna nítido como a mãe e o filho estão profundamente ligados. Temos que partir do fato de que ambos têm sua participação na situação. Quando a criança recusa sua responsabilidade, a mãe também deve ficar isenta da sua, por meio da anestesia. Sendo assim, a criança não dará o salto para vida e a mãe, não poderá fazer mais nada e precisa ser anestesiada, desse modo ambos não perceberão o parto.
O modelo dos que nascem de cesariana por estarem na posição transversal tem a ver com o nome da operação: é uma entrada na vida. Seu lema é: “Eu me deito de lado e os outros que vejam o que é feito de mim”. O que no início é confortável, no decurso da vida pode se transformar num esquema bastante importuno, porque nem sempre as pessoas estão disponíveis para livrá-lo de todo o risco e trabalho como ocorreu o parto.
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Que ignorância! Veja o caso dos gemeos, por exemplo.
ResponderExcluirMuitos permanecem nesta posição ate o fim por
questão de espaço.
Olá, não compreendi sua colocação, veja o que escreveu, muitos - não são todos! O texto acima só traduz a observação de crianças nascidas nessa posição. Nos gêmeos existe sempre um que é o desbravador e o outro o segue, e muitas das vezes um espera que o outro se movimente para as realizações.
ResponderExcluirConcluindo, observe, a observação é a melhor experiência.
tive um parto transversal a 3 dias e foi muito complicado,pois tanto eu como a criança sofremos muito.
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